sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sentimentos ...


Gosto de ter uma história. Olhares, construção, laços... isso precisa existir no meu mundo sentimental. Pra mim, um beijo é muito mais que um contato físico, um abraço vai além de simplesmente "corpo a corpo". Sinto tudo em dimensões abstratas. Isso! Se um beijo, um carinho, um abraço, não tiverem um sentido abstrato, eu não sinto. Meu contato é entre almas. Minha essência precisa ser tocada

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Você já foi feliz hoje?


Os sorrisos foram tomados e todos preferiram acreditar que a fada pegou os dentes no meio da noite. é papai noel, coelho da Páscoa, monstros do armário, amor eterno, fada madrinha, animais falantes. desde crianças preferimos passar direto pela realidade, sempre nos apoiando em nossa imaginação, sempre buscando forças em tudo que aprendemos sobre lugares mágicos. mas e se o mundo acabasse agora, você já fez sua realidade valer a pena? já beijos todas as bocas que gostaria de beijar, já deu todos os abraços que gostaria de dar, já falou todos os 'eu te amo' que estão entalados na garganta, já pediu todas as desculpas que acha necessário pedir? já apertou todas as mãos, cheirou todos os perfumes, deu todas as risadas, conheceu todos os lugares, presenciou todos os fatos, fez todas as caridades que quer fazer, cometeu todos os erros, levantou de todos os tombos, supriu todas as faltas?
e se o mundo acabasse amanhã; Você já foi feliz hoje? (...)

Viver não dói ..



Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.


Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.